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Casamento sem frescura

por Redação IC
15 ago, 2015

O cerimonialista Roberto Cohen e a jornalista especialista em etiqueta e comportamento Claudia Matarazzo comandaram um bate-papo ao lado do nosso mestre de cerimônias Bruno Chateaubriand sobre casar sem frescura. A temática é o lema do novo livro de Claudia lançado recentemente. Ao se apresentar ela contou que fez questão de escrever outro livro sobre casamentos porque o último (publicado há 12 anos) estava obsoleto em função do mudanças do mercado. O update aglutinou as peculiaridades de cada estado, englobando as diferenças de casar nas cinco regiões do país.

“Fui atrás dos especialistas de vários estados para comprovar tudo e deixar o livro bem atual. Entre eles, alguns profissionais que estão hoje aqui, como: Izis Dorileo, Stela e Roberta Lacerda, Mario Amenia, Dannilo Camargo, Graça Kurylo, Wander Ferreira Jr e a blogueira Fernanda Floret. Eles têm histórias quase inacreditáveis para contar. São curiosidades interessantes para entender o perfil de cada festa”

Mas o que é casar sem frescura? Luxo não é frescura. Luxo é tudo o que você não pode ver, mas pode sentir. Cada um tem um luxo particular. Frescura é tudo o que não agrega diversão, beleza e emoção. Pode incluir esses três itens no pacote de tudo o que contrata. Se não agregar por que você quer isso? Tire o que não tiver utilidade, o que estiver sobrando – a “gordurinha” é sempre dispensável. E não precisa sofrer pelo corte, principalmente se não puder pagar por isso.

O QUE MUDOU?

  • Não temos mais o complexo de colônia. É bacana ser brasileiro. Temos uma culinária exótica. Na arte de decoração, capins-dourados, tecidos, conchas… A gente sabe fazer festa, melhor do que muitos países. E os noivos hoje reconhecem isso e não querem mais imitar os americanos e europeus.
  • A tecnologia virou uma parceira e uma vedete.
  • Antes vinha uma mãe, tia e avó acompanhando a noiva, que ficava quieta. Hoje, vemos noivos com voz e personalidade, gestores do próprio casamento.
  • Os noivos participam cada vez mais dos preparativos! Quem disse que casamento é um momento só da mulher?
  • Num dado momento, as coisas tomaram uma proporção muito grande aqui no Brasil. Qual é o limite? E hoje, às vezes é a simplicidade o que impacta. O menos é mais e o excesso nunca cai bem.

PONTOS ALTOS DO BATE-PAPO

Excesso de informação na festa: muitas vezes os noivos querem milhões de atrações. Cohen brincou falando que nem todos os convidados ficam o tempo inteiro na festa. Considerar isso é importante porque existem casamentos com tantas atrações que algumas acabam sem público. Mudar de atrações requer tempo, cronograma e planejamento. É preciso ter um momento para as pessoas conversarem, respeitar as tias, avós… Ali não é um show onde o convidado escolheu ir, então não necessariamente todos agradam do repertório escolhido pelos noivos.

Babá de mesa: essa é nova por aqui! Sabe o que é? É uma pessoa uniformizada posicionada na mesa de doces impedindo que os convidados degustem doces e bem-casados antes da “hora certa” – Claudia brincou dizendo que elas dão “peletecos” nos convidados. Em alguns estados, eles se servem antes dos noivos tirarem a foto oficial e é preciso previnir. E por que a foto precisa ser na mesa de doces? Ela é para os convidados. A foto do álbum pode ser só da decoração da mesa. Cohen entrou em cena falando que em suas festas existem as copeiras, responsáveis por repor os itens da mesa de doces durante as festas.

Plano B: existe uma linha que corta o Brasil. Para cima muita bebida e vodka e para baixo muito espumante e vinho. Na parte superior em função dos grandes fazendeiros e no sul devido ao comportamento e renda social. Wander Ferreira subiu ao palco para contar de um casamento de duas família do agronegócios, onde um convidado pediu um ovo frito para o bufê e eles viabilizaram o pedido. Quando o garçom passou, o modesto pedido fez tanto sucesso entre os convidados que foram servidos 200 ovos. Porém, como o bufê não estava preparado para a demanda foi preciso recorrer as padarias abertas na cidade durante a madrugada para não deixar. Os profissionais executam o plano B após terem previsto, pré-combinado e pré-orçado com o cliente.

Esconder informações do cerimonialista: não vale! Fale a verdade, seja transparente. Alguns problemas podem ser resolvidos na hora através do plano B, mas nenhum profissional consegue fazer milagre. Uma festa programada para 200 convidados, por exemplo, que recebe 500 pessoas, algo vai sair fora do controle e isso pode interferir totalmente no andamento da festa.

A noiva moderna: Fernanda disse que a brasileira tem um quê clássico muito forte. Elas gostam do vestido princesa,  noite dos sonhos, coroa. A noiva contemporânea é uma mulher mais prática. Não querer surpreender o tempo todo, fazer um circo. Ela ama as suas escolhas e quando opta por algo que realmente gosta, a festa fica com a sua essência. Um casamento precisa ser leve, afinal é um momento de alegria.

Madrinhas: muitas noivas questionam sobre o vestido das madrinhas. Na cultura americana, é comum usar vestidos para madrinhas iguais. A noiva americana impõe a cor, mas ela comprar um modelo para cada uma. Não é um time de futebol, uma cor não cai bem para todos os biotipos.

Trocar o bem-casado pelo brownie? Tudo pode! O bem-casado é mais tradicional e esconde uma simbologia, mas se o brownie causa mais emoção nos noivos, por que não servi-lo aos convidados? Outra onda do momento são os bolos de rolo.

Vale-havaiana: Cohen quis se abster dos comentários. Claudia enfatizou que quando os noivos disponilizam tal lembrança, ela precisa ser bem administrado, a havaina não pode acabar. O vale-havaiana pode soar de forma grosseira, que tal confiar na palavra do seu convidado ao invés de oferecer?

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Redação IC

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